O abastecimento de combustíveis nos postos de Porto Alegre começou a normalizar. Depois de dias intensos de procura no fim da semana passada, quando a chuva se intensificou, a reportagem circulou por sete estabelecimentos na manhã desta quinta-feira (9), e apenas um estava desabastecido. O grande empecilho enfrentado pelos revendedores no momento é na demora para receber o produto das distribuidoras.
Na Avenida Bento Gonçalves, o Posto Garagem Barcelona recebeu 10 mil litros do produto na quarta-feira (8) e ainda tinha nesta manhã. Conforme a gerente Veronica Reyes, quase todos os dias o estabelecimento recebe nova carga.
— Alguns dias chegava 5 mil litros, depois faltava, mas logo chegava mais. O grande problema no momento é com a demora para chegar. Uma carga que demorava uma hora e meia está levando quatro horas — explicou Veronica.
O posto mais movimentado em que a reportagem visitou foi o Garagem SS, na Rua Santana. O auxiliar administrativo Rafael Marinho informou que estão recebendo o produto diariamente.
— Está chegando com um pouquinho de atraso, mas está chegando. Praticamente todo final do dia está acabando o combustível, mas no outro dia já tem — comentou Marinho, citando que tem cargas demorando até cinco horas para chegar na Capital, vindas de Canoas.
Por outro lado, o posto São Chico, na Avenida Princesa Isabel, está sem gasolina desde sábado (4), operando atualmente apenas com GNV.
— Temos pedido para chegar hoje — afirmou o gerente Rafael Augusto. — O movimento diminuiu bem. Desde ontem (quarta-feira). Só passava aqui carro de aplicativo e táxi para abastecer — completou.
O Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpreto) reconhece que há uma demora por parte das distribuidoras, mas observa uma normalização nos abastecimento nos últimos dias.
— Melhorou um pouco a entrega. Tem mais postos recebendo os produtos. Além disso, boa turma saiu de Porto Alegre — enfatizou o presidente da entidade, João Carlos Dal’Aqua. — A questão da demora está ocorrendo, sim. Se conseguíssemos liberar mais uma entrada da Capital seria melhor. Mas a produção continua e o escoamento melhorou bastante — finalizou.
Os estabelecimentos também contam com procura intensa por água mineral e gelo nas lojas de conveniência.