Uma mistura das palavras black – preto, em inglês – e experience – experiência – formam a Blaxp. O nome diz muito sobre o que é, de fato, o empreendimento que oferece cursos e qualificações produzidas por pessoas negras, com o intuito de acelerar um processo de equidade racial.
É uma iniciativa que resultou de um incômodo do designer educacional e idealizador Ezequiel Alvez, 38 anos. Pelotense, formado em Publicidade e Propaganda, ele relembra o desconforto de avançar na carreira e ver cada vez menos semelhantes ao lado.
– Começamos a partir dessa percepção de que havia poucas pessoas negras ocupando espaços de tomada de decisão. Isso em um país que tem a maioria da sua população autodeclarada negra. Ou seja, queremos mudar esse cenário – comenta, sobre o objetivo que divide com dois sócios, a designer Marianne Gaspary, 32 anos, e o filmmaker Mário Leão, 26.
Como um negócio de impacto social, trabalhamos muito para oferecer produtos e serviços de excelência, que provoquem uma transformação. E para conseguirmos isso, vivemos de buscar visibilidade. Neste sentido, a Expofavela é uma experiência ímpar.
EZEQUIEL ALVEZ
Idealizador da Blaxp
Para atingir seu propósito, a Blaxp trabalha em duas frentes. Uma delas para o público em geral, com cursos e conteúdos de curta e longa duração, tanto gratuitos quanto pagos, a fim de preparar pessoas para assumirem posições de protagonismo. E, de outro lado, atua para abrir portas, oferecendo soluções semelhantes a empresas, para que elas possam desenvolver colaboradores e promoverem a diversidade em nas equipes.
– Atuamos dentro e fora do sistema. Muitas vezes, vemos que as empresas contratam pessoas negras, mas, lá dentro, não se tem uma sequência de carreira para esse profissional permanecer e crescer – observa Ezequiel.
CONFIRA QUAIS SÃO OS OUTROS SELECIONADOS
*Produção: Guilherme Jacques