Em uma rápida cerimônia na manhã deste sábado (7), líderes de comitivas brasileiras inauguraram o espaço dedicado às empresas do país na Feira Anuga, a maior do mundo no ramo da alimentação e bebidas, sediada em Colônia, na Alemanha.
Com 135 companhias expositoras, 45 tendo produtos expostos por terceiros e 80 empresários prospectando negócios, a participação brasileira em 2023 é recorde na história do evento, que está na 37ª edição.
A seção inaugurada neste sábado reúne um bloco de 52 estandes brasileiros, enquanto os outros 83 estão divididos em cinco diferentes pavilhões. A esse número, somam-se 45 produtoras brasileiras cujos itens estão expostos por empresas comercias exportadoras (ECEs), especializadas nesse tipo de operação.
A participação é coordenada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao governo federal. O investimento total na participação chega a R$ 19 milhões, sendo R$ 14 milhões da Apex e outros R$ 5 milhões das empresas brasileiras.
Em outra frente, 80 empresários brasileiros viajaram a Anuga para uma agenda prospectiva de negócios, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O chefe desta missão é o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.
Alcance maior
No ato de inauguração do espaço brasileiro, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o país vive "um novo momento" na área das relações internacionais e apontou que as ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em restabelecer relações diplomáticas com diferentes países contribuem para o crescimento da procura por produtos brasileiros no Exterior.
— Nos últimos nove meses, só em produtos ligados ao agro, o Brasil abriu 51 novos mercados no mundo, reflexo dessa boa diplomacia. Vivemos uma expectativa muito boa de consolidar o Brasil como líder mundial na produção de alimentos e na segurança alimentar dos países amigos e de que até dezembro possamos concluir a implementação o acordo Mercosul-União Europeia — projetou Fávaro.
Por sua vez, o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, classificou a feira como "o maior supermercado do mundo":
— O mundo inteiro compra aqui em Anuga, e o Brasil é talvez quem mais possa oferecer produtos que o mundo busca: sustentáveis, com origem, sem trabalho escravo e que ajudam o mundo a se alimentar com melhor qualidade.
Aberta neste sábado sob a temática do crescimento sustentável, a Anuga segue até a próxima quarta-feira (11). A projeção na Apex é de que a participação brasileira gere cerca de US$ 3,5 bilhões em negócios, entre acordos de venda imediatos e contratos futuros.
No caso da missão prospectiva, a CNI estima que sejam encaminhados R$ 210 milhões em negócios.
O jornalista viajou a convite da Fiergs.