Data que dá a largada na temporada aquecida de fim de ano do varejo, o Dia das Crianças é aguardado com expectativa de alta nas vendas pelo comércio do Rio Grande do Sul. A projeção é de que a data, celebrada no dia 12 de outubro, injete R$ 900 milhões na economia do Estado.
A estimativa é calculada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que ouviu consumidores e empresários nos principais centros de consumo do Estado. O faturamento em vendas esperado é 9% superior ao registrado pela data no ano passado.
Conforme pesquisa da entidade, o ticket médio gasto com os presentes deve ficar em torno dos R$ 210,00. Além dos tradicionais brinquedos, roupas, calçados e eletrônicos devem ter preferência.
Vitor Augusto Koch, presidente da FCDL-RS, diz que o Dia das Crianças é no calendário do varejo a terceira principal data em faturamento para os lojistas. Este ano, porém, o incremento esperado tem ainda mais peso diante do mês anterior frustrado pelo clima:
— Setembro foi um mês muito difícil. Já é de faturamento baixo pela troca de estações, mas, este ano, foi fraco com mais intensidade. As chuvas fizeram com que houvesse uma estagnação no consumo.
Em Porto Alegre, a estimativa do Sindilojas é de que o Dia das Crianças movimente R$ 245 milhões no comércio, com crescimento de 8% em relação às vendas do ano passado. Já o ticket médio deve ficar em R$ 189,47 na Capital.
Entre os presentes mais procurados, os brinquedos, claro, lideram com mais da metade da preferência (57,7%). Roupas (42%) e calçados (13,1%) completam a lista. O presidente da entidade, Arcione Piva, destaca ainda outro ponto: as opções de passeio como forma de presentear (5,7%). Desde a pandemia, as experiências têm caído no gosto para marcar as datas especiais.
Tendência que se repete nas demais datas comemorativas, o comércio local novamente desponta como preferência dos consumidores para fazer as compras. As lojas de rua são escolha para 63,3%, seguidas por lojas de shopping (42,9%) e e-commerce (25,7%).
Termômetro para o fim de ano
Se setembro foi de dificuldade para os lojistas devido à sequência de dias chuvosos, a expectativa é de que o último trimestre do ano seja de reação para o comércio, com alta nas vendas também em relação ao ano passado.
— É o período em que nos aproximamos da nossa safra do varejo – brinca Vitor Koch, da FCDL-RS.
Para o presidente do Sindilojas, a retomada deve ocorrer por dois motivos. Primeiro, pelas datas de tradicional aquecimento do varejo, como a Black Friday e o Natal. Segundo, porque 2022 foi ano eleitoral, o que naturalmente mexe com o otimismo e impacta em intenção de compra mais contida.
— Logicamente, tem gargalos no caminho, mas estamos animados com a redução dos juros, que em patamar alto sempre inibem negócios. Mas a sinalização é muito boa e acredito que vai ser um final de ano positivo — acrescenta Koch.