Acima da alta nacional de 0,9% no segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 2,3% entre abril e junho, na comparação com os três meses iniciais de 2023. O desempenho reflete altas consistentes de 4,1% na agropecuária e 3,3% na indústria.
Ambas também superam os números nacionais que foram de -0,9% e 0,9%, respectivamente. Os dois setores — ainda influenciados pela estiagem que afetou o Estado — haviam contribuído para a queda de 0,7% da atividade econômica gaúcha nos primeiros três meses do ano e, agora, esboçam recuperação.
Nos serviços, segmento que fecha a lista dos grandes setores da economia, houve leve avanço de 0,4% no RS — próximo dos 0,6% apurados no país. É o que apontam os dados divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), nesta terça-feira (26).
Quando a avaliação toma por base o mesmo período do ano passado, a alta do PIB foi de 7,5% no RS e de 3,4% no Brasil.
Impactos dos efeitos climáticos
Apesar da performance positiva, a secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, aponta que o próximo trimestre deverá ser “um novo desafio”. Segundo ela, os impactos dos efeitos climáticos adversos resultam em prejuízos aos municípios gaúchos.
Ela argumenta que o desempenho no segundo trimestre do ano mostra que a economia gaúcha voltou a crescer, superando as adversidades causadas por duas estiagens seguidas. O resultado acima do nacional, acrescenta, demonstra a resiliência da economia.
No acumulado do primeiro semestre de 2023, o PIB do RS cresceu 4,5% em relação ao período de janeiro a junho do ano anterior. O destaque é a expansão na agropecuária (29,8%) e nos serviços (3,0%). A indústria, por sua vez, apresentou retração de 5,9%.
No país, na mesma base de comparação, a economia registrou alta de 3,7% nos seis primeiros meses do ano.