O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aprovar a reforma tributária em outubro.
— A maior insegurança jurídica que o Brasil oferece hoje é o caos tributário, que ninguém sabe quando deve e quando vai receber. E isso é um erro — disse Haddad, a jornalistas, ao chegar para evento da Bolsa de Valores de Nova York nesta segunda-feira (18).
Sobre o ambiente político para a discussão da reforma administrativa, o ministro declarou que não vê "tumulto" no cenário.
O ministro da Fazenda disse ainda que a agenda ambiental e a aprovação da reforma tributária são complementares e estão caminhando conforme o cronograma estabelecido pelo Executivo. De acordo com ele, o Congresso está debruçado sobre todas as ações da pasta com um grau de abertura "bastante significativo".
— Temos de aproveitar esse momento de harmonização dos poderes para fazer a agenda avançar. Quanto mais cedo nós colhermos os frutos dessa agenda, mais facilmente a economia brasileira vai decolar para patamares de crescimento compatíveis com o nosso potencial — acrescentou.
"Tirando o atraso herdado"
Haddad também rebateu críticas de atraso no cronograma do governo do presidente Lula. Em setembro, a Fazenda começou o trabalho para a sua primeira emissão de títulos verdes, os chamados green bonds, e em outubro espera aprovar a reforma tributária. Conforme o ministro, a gestão atual está "tirando o atraso herdado".
— Todo mundo está de queixo caído com esse resultado. As pessoas imaginavam que ele viria em dois, três anos e ele vem em uma questão de meses. Então, estamos demonstrando que quando o Brasil está focado naquilo que são seus objetivos primordiais, ele alcança esses objetivos e chama a atenção do mundo — pontuou Haddad.