O governo federal pagou, em julho, R$ 703,49 milhões em dívidas atrasadas de Estados e municípios, informou nesta segunda-feira (7) a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Os números abrangem dívidas garantidas pela União e não honradas por seis Estados e constam do Relatório de Garantias Honradas pela União em operações de crédito.
Foram R$ 266,42 milhões relativos à inadimplência do Maranhão; R$ 187,96 milhões de Minas Gerais; R$ 104,86 milhões do Rio de Janeiro; R$ 77,75 milhões de Goiás; R$ 59,29 milhões do Rio Grande do Sul; e R$ 7,2 milhões de Pernambuco.
Desde 2016 a União desembolsou R$ 59,31 bilhões para honrar garantias concedidas a operações de crédito em dívidas garantidas de entes subnacionais. Desse valor, R$ 7,62 bilhões foram pagos em 2023.
Os entes que tiveram os maiores valores honrados em 2023 foram os Estados de Minas Gerais (R$ 2,29 bilhões, ou 30,08 % do total); do Rio de Janeiro (R$ 2,29 bilhões, ou 30,06 % do total); do Rio Grande do Sul (R$ 742,19 milhões, ou 9,74% do total); e do Maranhão (R$ 681,40 milhões, ou 8,95 % do total).
As garantias representam os ativos oferecidos pela União — representada pelo Tesouro Nacional — para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos Estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Banco Mundial e Banco CreditSuisse, entre outros.
Como garantidor das operações, o Tesouro é comunicado pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato. Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa as dívidas, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos.