Apostando forte em soluções de futuro, a Braskem apresentou nesta quarta-feira (3) a ampliação do seu Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), obra que havia sido anunciada em 2018. Já em operação, a construção de 6 mil metros quadrados está instalada no polo petroquímico de Triunfo, distante cerca de 50 quilômetros de Porto Alegre.
A estrutura recebeu investimentos de R$ 108 milhões para abrigar novos equipamentos e laboratórios de desenvolvimento e testes de novos produtos. Com a ampliação, o espaço se torna o maior centro de tecnologia e inovação da companhia: são 15 laboratórios, sete plantas-piloto com operação 24 horas por dia e uma equipe de 160 pesquisadores e cientistas atuando no local.
O centro em Triunfo se conecta globalmente a outras estruturas de pesquisa da Braskem. Além do CTI gaúcho, há outro nos Estados Unidos e núcleos de desenvolvimento instalados no México, na Alemanha, em Campinas (SP) e em Mauá (SP). Juntas, as unidades lideram cerca de 200 projetos de pesquisa para novas soluções.
Gigante no segmento e líder mundial na produção de biopolímeros, a Braskem é responsável pela produção anual de mais de 5 milhões de toneladas de resinas plásticas e produtos químicos no Rio Grande do Sul. Da planta petroquímica em Triunfo, saíram criações pioneiras da indústria de plásticos, como o primeiro polietileno de origem renovável produzido em escala mundial, a partir da cana-de-açúcar.
O objetivo da ampliação do CTI é estimular o desenvolvimento de outros produtos inovadores. Dentre eles, segue a aposta nos chamados polipropileno verde e no EVA verde, matérias-primas que podem ter aplicabilidades diversas na indústria, desde a fabricação de sacolas, solados de calçados, artigos esportivos e inúmeros utilitários plásticos.
O própriao espaço ampliado, aliás, conta com esses materiais aplicados à construção civil. O PVC e outros produtos plásticos estão presentes em aberturas de portas, pisos, placas e tubulações do prédio no polo petroquímico.
Um dos conceitos fomentados atualmente pela companhia é o da economia circular. A estratégia aposta na reciclagem de resíduos para gerar a matéria-prima de novos produtos, reduzindo o impacto ambiental e fazendo, literalmente, circular a utilização dos materiais.
Nessa linha, o diretor de desenvolvimento de produtos e materiais avançados da Braskem, Fabio Lamon, destaca que o uso do plástico verde é uma crescente. E há "um espectro enorme de aplicações" no mercado, de acordo com ele.
Desde o lançamento do polietileno verde, há 10 anos, e com uma agenda ESG cada vez mais presente nas empresas diante da relevância do tema tomando espaço, Lamon diz que as apostas em aplicações do produto estão se multiplicando. Sacos de lixo, embalagens flexíveis, tampas e garradas são apenas alguns exemplos do uso da matéria-prima na indústria.
Conforme o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, o Rio Grande do Sul tem tido papel estratégico nas ações da companhia que miram o futuro. Os investimentos da gigante somaram R$ 3,5 bilhões nos últimos cinco anos no Estado, em carteira onde a sustentabilidade tem sido um pilar fundamental. No último ano, foram de R$ 500 milhões em aportes.
Até 2025, a Braskem espera entregar 300 mil toneladas de produtos com conteúdo reciclado ao mercado. Em 2030, o volume projetado chega a 1 milhão de toneladas.
— O crescimento da Braskem passa por uma avenida de crescimento claramente ligada a bioprodutos. (...) Podem esperar da Braskem uma atuação de destaque focado nessa agenda de futuro — afirmou Bischoff durante evento que marcou a entrega do CTI ampliado, ao lado de demais lideranças da companhia no Brasil.