A cerca de um mês e meio da Páscoa, o comércio estima incremento nas vendas deste ano no Rio Grande do Sul. Integrantes do setor destacam que a projeção otimista ocorre no âmbito do varejo como um todo, não apenas do voltado ao segmento de chocolates. Fim do período de pagamentos de contas obrigatórias de início de ano, cenário mais estável no combate à pandemia e compra de itens mais duráveis ajudam a explicar esse movimento.
O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Arcione Piva, afirma que o fim dos pagamentos obrigatórios de início de ano, como impostos sobre imóveis e veículos, e cenário mais próximo do normal no âmbito sanitário aumentam o otimismo em relação às vendas de Páscoa neste ano. O dirigente destaca que essa estimativa não atinge apenas lojas que vendem ovos de páscoa e demais chocolates, mas também o comércio de outros itens, como brinquedos e vestuário. Problemas recentes envolvendo algumas empresas com força no mercado online, como o caso da Americanas, também podem reforçar o movimento nas lojas com atendimento presencial, segundo o presidente do Sindilojas:
— As pessoas estão procurando comprar mais fisicamente do que de forma online. Talvez isso também ajude no resultado positivo para as lojas físicas.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Irio Piva, também cita a venda de outros produtos além dos chocolates como fator que aumenta o otimismo em relação ao incremento nas vendas deste ano. Uma postura mais racional no âmbito da compra de itens com mais durabilidade reforça esse movimento, segundo o executivo:
— Essa é uma mudança que vem acontecendo e acaba impactando de uma maneira geral em outros segmentos do varejo, que não são apenas aqueles tradicionais de Páscoa. Nesse sentido, temos uma expectativa de ter esse incremento no número de presentes.
Irio salienta que, como tradicionalmente ocorre nesse evento, o movimento maior dos consumidores nas lojas deverá ser registrado entre 10 e 15 dias antes da data festiva.
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) elabora um estudo com a projeção para as vendas na Páscoa, que deve ser concluído nesta sexta-feira (24).
— O evento continua sendo o mais completo que tem no setor. Foram compradas muito mais barras e caixas de bombom que no ano passado, e tem também as bebidas e pescados — pontua o presidente da Agas, o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo.
*Colaborou: Jean Peixoto