Em entrevista coletiva, concedida no começo da noite desta terça-feira (13), em Brasília, Fernando Haddad anunciou o economista Bernard Appy como secretário especial para a reforma tributária. É o segundo anúncio do dia. Durante a manhã, foi informado o nome de Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator e futuro número 2 da Fazenda, .
Bernard Appy é considerado uma referência na área tributária e autor de uma das propostas da área que já tramitam no Congresso Nacional. Segundo Haddad, a intenção do governo é discutir, junto com a reforma, a criação de uma nova âncora fiscal para o país.
A prometida modificação da legislação do teto de gastos, inclusa na PEC da Transição, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, foi um dos pontos abordados logo no início da coletiva.
— O arcabouço fiscal que nós pretendemos encaminhar tem que ter uma premissa de ser confiável , sustentável e de demonstrar a sustentabilidade das finanças públicas.
Outro fundamento expressado pelo futuro ministro é em relação à filosofia de trabalho a ser aplicada pela pasta.
— Nós temos que compatibilizar a responsabilidade fiscal com a responsabilidade social".
Quem é Bernard Appy
Economista pela Universidade de São Paulo (USP) com mestrado pela Universidade de Campinas (Unicamp), Appy é autor de uma das propostas que tramita no Congresso Nacional, a PEC 45, que pretende substituir cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um só, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Appy esteve a frente do Centro de Cidadania Fiscal nos últimos anos. Uma organização independente com atuação nas áreas de política tributária e política fiscal. O secretário já atuou também no Ministério da Economia nas duas gestões do presidente Lula (de 2003 a 2010), na LCA Consultores a na BM&FBovespa (atual B3).
