O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve alta de 0,59% em outubro. Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador interrompe uma sequência de três meses com deflação.
Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,7%. Já nos últimos 12 meses, o índice fica em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.
De acordo com o IBGE, o grupo vestuário teve a alta mais intensa — de 1,22% — no mês passado, mas a maior influência no índice de outubro veio de alimentação e bebidas, com crescimento de 0,72%. Na sequência das maiores influências estão os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,16%) e transportes (0,58%).
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês. Apenas comunicação teve queda, de 0,48%.
Alimentação
A alta nos alimentos foi puxada pela alimentação no domicílio (0,8%), com destaque para batata-inglesa (23,36%) e tomate (17,63%). O grupo também registrou aumentos na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).
Entre as quedas, destaque para o leite longa vida (-6,32%), que já havia recuado 13,71% em setembro, e o óleo de soja (-2,85%), que marcou a quinta queda consecutiva.
Transportes
Já no grupo dos transportes, cujo índice passou de queda de 1,98% em setembro para alta de 0,58% em outubro, a pesquisa aponta dois fatores preponderantes: o aumento nas passagens aéreas (de 27,38%) e o recuo menos intenso no preço dos combustíveis (1,27% em outubro contra 8,5% em setembro).
A gasolina (-1,56%), o óleo diesel (-2,19%) e o gás veicular (-1,21%) seguem trajetória de queda, mas o etanol registrou alta de 1,34%.