Os servidores do Banco Central aprovaram o fim da greve em assembleia na manhã desta terça-feira (5), conforme informações do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal).
Segundo uma fonte, a mobilização da categoria deve continuar, com atos e o início de uma operação-padrão, em que os projetos internos tendem a avançar mais lentamente.
A greve no BC foi iniciada no dia 1º de abril e foi uma das mais longas desde os anos 2000. Originalmente, o movimento pedia por recomposição salarial de 27%, além de reestruturação de carreira.
Após a negativa do governo federal de reajuste ao funcionalismo público este ano, a categoria passou a focar na pauta de reestruturação de carreira. Uma proposta de minuta foi enviada ao Ministério da Economia com a criação de um bônus de produtividade, além de exigência de Ensino Superior para concursos para o órgão, entre outros pontos. Mas está parada na pasta.
Divulgações passadas serão atualizadas assim que possível
A paralisação dos servidores tem afetado atividades e serviços do BC, como as divulgações de indicadores regulares, que são importantes para acompanhar a conjuntura econômica e não foram publicados neste período. O Boletim Focus, por exemplo, não foi publicado antes do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, deixando o mercado financeiro no "escuro" sobre as variáveis que o BC ia usar no seu modelo de inflação.
Os dados de fluxo cambial, poupança, de crédito e setor externo também estão atrasados, entre outros.
O Banco Central informou nesta terça-feira que as divulgações do órgão serão publicadas "assim que possível" com o fim da greve dos servidores do BC. A autarquia ainda não informou novas datas.
"Com a retomada da normalidade dos trabalhos, as divulgações passadas serão atualizadas assim que possível. Divulgaremos as datas quando forem definidas", afirmou o BC.