O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal contra o presidente da instituição, Pedro Guimarães. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão.
Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles nessa terça-feira (28). Segundo um dos relatos, uma funcionária diz que o presidente do banco teria passado a mão em suas nádegas.
Procurado pelo Estadão, o Ministério Público Federal afirmou que não fornece informações sobre procedimentos sigilosos. A Caixa não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
Em nota ao Metrópoles, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.
"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'", informou, em nota ao site.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente da Caixa deve deixar o cargo nesta quarta-feira. Um trecho da nota diz que Pedro Guimarães ficou abatido em razão das denúncias.
Na noite dessa terça-feira, a Caixa informou que o pronunciamento e a coletiva de imprensa com o presidente do banco previstos para a manhã desta quarta-feira (29), foram cancelados. Pedro Guimarães participaria de um evento em Brasília para tratar da estratégia do Plano Safra 2022/2023. A Caixa não informou o motivo dos cancelamentos.