Durante um evento de final de ano, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, colocou funcionários para fazer flexões e estrelinhas. O caso ocorreu em um hotel em Atibaia (SP), a terça-feira (14).
O evento Nação Caixa aconteceu no Hotel Bourbon e reuniu cerca de 350 dos principais executivos do banco e 50 lotéricos e correspondentes, segundo informa o G1.
No vídeo que foi publicado nas redes sociais pelo Sindicato dos Bancários do ABC Paulista, Guimarães aproveitou a presença de uma ginasta olímpica - esporte patrocinado pelo banco - para pedir que empregados dessem “estrelas” no palco. Também fez com que gestores “pagassem” flexões, imitando o que o presidente Jair Bolsonaro costuma fazer quando visita quartéis. Guimarães chama então os funcionários para que se posicionem para a flexão e começa a contar os movimentos.
As imagens geraram repercussão negativa. As entidades de classe classificaram a prática como assédio moral e o Sindicato dos Bancários de São Paulo afirmou que vai à Justiça contra a ação.
“Foi humilhante e muitos estão indignados, pois se sentiram constrangidos. Pedro Guimarães ataca a imagem do banco público e expõe seus empregados ao ridículo, usando a estatal para se promover”, afirma o diretor sindical, da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-SP), Jorge Furlan.
O Sindicato informou que já tem trabalhado em uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho, "na qual serão elencados todos os relatos de assédio moral que estão sendo praticados institucionalmente na Caixa”.
Até a publicação desta reportagem, a Caixa Econômica Federal não havia fornecido uma posição sobre o assunto.