A partir de 8 de março, o Uber Eats, aplicativo de entregas de comida, mercado e lojas de conveniência da Uber, encerrará suas operações de entregas de refeições de restaurantes no Brasil. O anúncio foi feito aos usuários da plataforma nesta quinta-feira (6). Segundo a empresa, os esforços serão concentrados na intermediação de entrega de itens de conveniência e mercado via Cornershop by Uber.
"Nosso principal objetivo daqui para frente será oferecer acesso à maior e melhor seleção de supermercados, lojas especializadas, pet shops, floriculturas, lojas de bebidas e outros artigos no aplicativo do Uber Eats", informou a empresa em um comunicado enviado aos clientes.
Segundo o jornal Valor Econômico, a empresa atuará ainda por meio do Uber Flash, com entregas rápidas através de motoristas do aplicativo, e Uber Direct, com entregas de lojas diretamente aos clientes.
A liderança do mercado de delivery no Brasil é do iFood, com participação de 70%. A colombiana Rappi seguirá como principal concorrente do iFood com a saída da Uber deste mercado. De acordo com o jornal, um dos motivos para o encerramento do Eats é a pressão da liderança do iFood.
Em setembro de 2020, o Rappi entrou com um pedido de investigação contra a gigante brasileira do delivery junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em março, a Superintendência-Geral do Cade decidiu, em caráter preliminar, proibir o iFood de fechar novos contratos de exclusividade com restaurantes.
"A Uber segue seu compromisso com seus mais de 1 milhão de motoristas parceiros que geram renda fazendo viagens e entregas pela plataforma - o volume de viagens no Brasil já é maior do que o registrado no período anterior à pandemia. A empresa seguirá expandindo produtos para outros meios de transporte, como motos e táxis", informou a empresa em nota.
A empresa disponibilizou uma página com mais informações e respostas a perguntas dos usuários.