O ano termina com o preço médio do diesel em estabilidade nos postos brasileiros (R$ 5,612), baixa de 0,08% em relação a novembro. Porém, considerando o valor cobrado em dezembro do ano passado, em que a média chegava a R$ 3,841, houve um acréscimo de 46,1% no preço, segundo levantamento da Ticket Log. O diesel S-10 também fechou com o valor estável, a R$ 5,676, baixa de 0,08% em relação a novembro, 46,6% mais caro se comparado a dezembro do ano passado.
Todas as regiões brasileiras registraram alguma queda ou estabilidade no valor do diesel comum ou do S-10, com exceção do norte do país, que apresentou a maior média para o diesel comum (R$ 5,836) e para o diesel S-10 (R$ 5,892), com acréscimos de 0,03% e de 0,05% respectivamente. O Sul teve resultado inverso, sendo a região com a menor média no valor do diesel comum (R$ 5,197) e do diesel S-10 (R$ 5,247) e declínios de 0,29% e 0,23% nos valores, respectivamente.
Na análise por Estado, o Acre comercializou o diesel comum pela maior média nacional, a R$ 6,337, e para o diesel S-10, R$ 6,279. Já as menores médias foram encontradas no Paraná: R$ 5,108 para o diesel comum e R$ 5,162 para o S-10.
O diesel comum que registrou o maior aumento (2,04%) foi o de Roraima, passando de R$ 5,945 para R$ 6,066, enquanto o de maior redução no valor comercializado foi o do Amapá, que passou de R$ 5,856 para R$ 5,730, queda de 2,15%. O diesel S-10 com maior aumento no preço médio (0,99%) foi o de Roraima, que passou de R$ 5,964 para R$ 6,023. Já o S-10 com a redução mais expressiva, de 1,44%, foi encontrado em Goiás, e o valor que antes era R$ 5,692 passou para R$ 5,610.
— Apesar do indicativo de estabilidade no preço do diesel e respiro em relação às altas consecutivas que vimos nos últimos meses, as médias de valor do combustível estão altas e o brasileiro ainda sente no bolso, principalmente se comparado aos valores de um ano atrás — destaca Douglas Pina, head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
Diesel mais caro neste Natal
Nos dias 24, 25 e 26 de dezembro deste ano, feriado de Natal, o Índice de Preços Ticket Log (IPTL) também apontou que os postos de combustíveis comercializaram o diesel comum 45,3% mais caro se comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto o diesel S-10 apresentou alta de 44,36%. No Natal de 2020, esses combustíveis custavam em média R$ 3,838 e R$ 3,917, e no feriado deste ano, subiram para R$ 5,566 e R$ 5,654, respectivamente.
O IPTL é levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da companhia, que administra 1 milhão de veículos, com uma média de oito transações por segundo.
Gasolina
Após um ano e sete meses de altas consecutivas, o preço do litro da gasolina recuou 1,14% em dezembro em comparação com o mês anterior. No período, a média nacional chegou a R$ 6,918, enquanto em novembro o preço médio foi de R$ 6,998. Em maio de 2020, último mês a registrar baixa no preço do combustível antes desta queda, o preço médio do litro era de R$ 4,01. As informações constam em levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 29 de dezembro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que alguns Estados brasileiros registraram queda no valor do combustível. Destes, Distrito Federal (-4,24%), Rio Grande do Norte (-3,27%), e Goiás (-2,59%) tiveram as maiores quedas no preço. Ainda assim, alguns estados registraram alta, como Amapá (2,87%), Roraima (2,02%) e Rondônia (0,70%).
Entre as capitais, o valor médio do combustível foi de R$ 6,885. Rio de Janeiro (R$ 7,266) e Aracaju (R$ 7,167) foram as que apresentaram maiores preços em dezembro. Já os menores valores médios foram encontrados em Curitiba (R$ 6,312) e Macapá (R$ 6,361).
Etanol não é vantajoso em nenhum Estado
O preço médio do etanol no país no mês de dezembro foi de R$ 5,204. Apesar da sequência de altas, a gasolina ainda segue sendo mais vantajosa para se abastecer o veículo em todo o país. O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.