A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o número de pessoas em busca de emprego no país é de 13,5 milhões (queda de 9,3% na comparação com o segundo trimestre). Já os ocupados chegaram a 93 milhões, com crescimento de 4%.
Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,6%. No trimestre até agosto, o índice estava em 13,2%.
Ainda conforme o IBGE, a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.459 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo em 20 das 27 unidades da federação na passagem do segundo para o terceiro trimestre.
As maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%), Amapá (17,5%), Alagoas (17,1%) e Sergipe (17,0%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (7,8%) e Paraná (8,0%).A taxa de desemprego no Estado de São Paulo ficou em 13,4% no terceiro trimestre, e, no Rio de Janeiro, em 15,9%.
Já a taxa de informalidade foi de 40,6% no total nacional. Os maiores resultados ocorreram no Pará (62,2%), Amazonas (59,6%) e Maranhão (59,3%). Os locais com as menores taxas de informalidade foram Santa Catarina (26,6%), São Paulo (30,6%) e Distrito Federal (31,8%).
No trimestre terminado em setembro de 2021, faltou trabalho para 30,7 milhões de pessoas no país. A taxa composta de subutilização da força de trabalho saiu de 28,5% no trimestre até junho para 26,5% no trimestre até setembro. No total do país, a taxa de desocupação era de 12,6%.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até setembro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 30,4%. A população subutilizada caiu 5,7% ante o trimestre até junho, 1,9 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até setembro de 2020, houve um recuo de 8,9%, menos 3,003 milhões de pessoas.
O país alcançou uma taxa de informalidade de 40,6% no mercado de trabalho no trimestre até setembro, com 37,7 milhões de trabalhadores atuando informalmente. Em um trimestre, 1,95 milhão de pessoas a mais atuaram como trabalhadores informais.
A proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a previdência social ficou em 62,9% no trimestre até setembro, ante 63,5% no trimestre encerrado em junho.
— Embora a ocupação venha aumentando, a contribuição de ocupados vem caindo. Porque essa expansão da ocupação parte de trabalhadores informais que geralmente não têm essa contribuição para a Previdência — disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O trimestre encerrado em setembro de 2021 mostrou uma abertura de 1,41 milhão de vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em junho. Na comparação com o trimestre até setembro do ano passado, 2,65 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.
O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 33,51 milhões no trimestre até setembro, enquanto outros 11,69 milhões atuavam sem carteira assinada, 1,08 milhão a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até setembro de 2020, foram criadas 2,2 milhões de vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria ganhou 817 mil pessoas a mais em um trimestre. Há 3,96 milhões de pessoas a mais nessa condição que o patamar de um ano antes, totalizando um recorde de 25,46 milhões de pessoas.
O número de empregadores subiu em 82 mil pessoas em um trimestre. Em relação a setembro de 2020, o total de empregadores é 3 mil superior.
O País teve um aumento de 451 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, alta recorde de 9,2%, para 5,35 milhões de pessoas, contingente 940 mil maior que no ano anterior.
O setor público dispensou 291 mil ocupados no trimestre terminado em setembro de 2021 ante o trimestre encerrado em junho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, foram fechadas 251 mil vagas.