Em pronunciamento em rede de rádio e TV na noite desta terça-feira (31), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que, diante da crise energética, os consumidores que economizarem serão recompensados.
Conforme o ministro, a condição hidroenergética do Brasil "se agravou". Segundo ele, o período de chuvas na Região Sul foi pior que o esperado, e, como consequência, os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior que a prevista.
O ministro pediu que a população, empresas e indústrias se esforcem, desligando luzes e aparelhos que não estão em uso, aproveitando a luz natural, reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia — como chuveiro e ferro de passar — e dando preferência ao uso desses equipamentos pela manhã e aos finais de semana.
— Os consumidores que aderirem a esse chamado serão recompensados e poderão ter redução na sua conta de luz — afirmou o ministro.
Com pouca água nos reservatórios, o país teve de aumentar significativamente a produção nas termelétricas e importar energia de países vizinhos, disse Albuquerque, ressaltando que o governo está estabelecendo medidas de incentivo para a participação da sociedade em um "esforço conjunto".
Na última sexta-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas vão continuar com a bandeira vermelha patamar 2 em setembro. Isso significa que os clientes seguirão pagando a taxa adicional mais elevada por cada 100 quilowatts-hora (kWh) nas contas de luz. Esse é o patamar mais caro do sistema de bandeiras tarifárias.
A manutenção desse gatilho no sistema já era esperada diante da continuidade da crise hídrica no país e de posicionamentos de integrantes do governo federal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, nos últimos dias.