Com a autorização da Assembleia Legislativa à privatização da Corsan, obtida por 33 votos a 19 nesta terça-feira (31), o governo do RS trabalha agora para acelerar as próximas etapas até a venda do controle da estatal. O objetivo é realizar a oferta pública de ações na primeira quinzena de fevereiro.
Uma das prioridades agora é aprovar o projeto que cria as unidades regionais de saneamento. Com o aval para privatização, o governo abre prazo de 90 dias para que os municípios assinem os aditivos contratuais com a Corsan, possibilitando a ampliação dos serviços de tratamento de água e esgoto até 2062.
Nesse período, seguem em andamento os trabalhos do BNDES e das consultorias contratadas para a modelagem da privatização. Depois de concluído, o material será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde já tramita uma inspeção especial sobre a privatização, e à Comissão de Valore Mobiliários (CVM), que acompanhará e fiscalizará o processo.
Vencidas essas etapas e obtida chancela do TCE e da CVM, será marcada a oferta pública de ações na B3, a bolsa de valores de São Paulo.
A Corsan
- Criada em 1965, a Corsan atende 6 milhões de gaúchos
- A empresa fornece água e saneamento em 307 municípios (61% do total)
- Em 2020, registrou lucro de R$ 480 milhões e fez o maior volume de investimentos da história da empresa, R$ 417 milhões
- São cinco anos seguidos obtendo lucro, totalizando R$ 1,66 bilhão entre 2016 e 2020
- Com 5,6 mil empregados, gastou R$ 1 bilhão em ações trabalhistas de 2016 a 2020
- Os resultados mais recentes indicam lucro líquido ajustado de R$ 142,53 milhões no segundo trimestre de 2021, crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2020