Aquecendo-se após mais de um ano de pandemia, o mercado imobiliário mostra sinais de recuperação mais forte em São Paulo, onde os números mostram que a capital paulista já supera os patamares de 2016. Já em Porto Alegre o ritmo é mais lento, assim como em outras capitais brasileiras, mas há espaço para recuperação dentro do volume financeiro de lançamentos, avaliou o empresário Juliano Melnick, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Segundo o CEO da Melnick, a capital do Rio Grande do Sul tem um mercado que corresponde a 15% do que há em São Paulo, e um atraso de pelo menos um ano na recuperação na comparação entre as ambas cidades.
— Porto Alegre não atualizou o número de lançamentos, em torno de R$ 4,5 milhões, que se lançava antes da crise. Deve estar hoje num patamar de R$ 3 milhões de lançamentos/ano. Então existe espaço de crescimento no nosso mercado vide o mercado no centro do país — pontuou.
O executivo disse que a procura por imóveis com áreas dedicadas ao home office – como apartamentos com gabinetes e salas que podem ser usadas de escritório – aumentou expressivamente.
— A pandemia trouxe novas exigências do público consumidor — frisou.
Além disso, este tipo de consumidor passou a buscar imóveis com áreas de lazer e esporte para evitar aglomerações exteriores.
— A casa ficou mais importante na nossa vida nos últimos anos — concluiu.