A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,2%. No trimestre até fevereiro, a taxa de desocupação estava em 14,4%.
Ainda conforme o IBGE, a população desocupada — 14,8 milhões de pessoas — também é recorde da série histórica, crescendo 6,3% (mais 880 mil pessoas desocupadas) na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2020 (13,9 milhões de pessoas) e 15,2% (mais 1,956 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (12,9 milhões de pessoas).
Já a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.544 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Veja outros números da pesquisa:
- população ocupada (85,7 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e caiu 7,1%, (menos 6,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
- população desalentada (6 milhões de pessoas) é recorde da série histórica, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior e crescendo 25,1% ante o mesmo período de 2020.
- O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 29,6 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 10,7% (menos 3,5 milhões de pessoas) frente ao mesmo período de 2020.
- O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,7 milhões de pessoas) caiu nas duas comparações: 2,9% ante o trimestre móvel anterior e 12,1% (menos 1,3 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2020.
- O número de trabalhadores por conta própria (23,8 milhões) teve alta de 2,4% frente ao trimestre móvel anterior (mais 565 mil de pessoas) e ficou estável na comparação anual.