A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual período de 2020, o percentual estava em 11,2%. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,9%.
O IBGE também mostrou que o Brasil alcançou um recorde de 5,902 milhões de pessoas em situação de desalento. O resultado divulgado nesta quarta significa 133 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em outubro, um aumento de 2,3%. Em um ano, 1,204 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 25,6%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, não tinha experiência, era muito jovem ou idosa ou não encontrou trabalho na localidade — e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
No trimestre terminado em janeiro de 2021, faltou trabalho para 32,380 milhões de pessoas no país, segundo o IBGE. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 29,5% no trimestre até outubro para 29% no trimestre até janeiro.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até janeiro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,2%.
A população subutilizada caiu 0,5% ante o trimestre até outubro, 168 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até janeiro de 2020, houve um avanço de 22,7%, mais 5,990 milhões de pessoas.
A taxa de desocupação saiu de 14,3% no trimestre até outubro para 14,2% no trimestre até janeiro, maior patamar para trimestres encerrados em janeiro dentro da série histórica iniciada em 2012.
Massa de salários
A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 15,677 bilhões no período de um ano, para R$ 211,432 bilhões, queda de 6,9% no trimestre encerrado em janeiro em relação ao mesmo período de 2020.
Na comparação com o trimestre terminado em outubro, a massa de renda real caiu 0,9%, com R$ 2,018 bilhões a menos, segundo o IBGE.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 2,9% na comparação com o trimestre até outubro, R$ 76 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro do ano passado, a renda média subiu 2,2%, R$ 54 a mais, para R$ 2.521.