O volume de vendas do comércio varejista brasileiro fechou 2020 com uma alta de 1,2%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A receita nominal teve alta de 6%.
Segundo o pesquisador Cristiano Santos, do IBGE, a pandemia de covid-19 teve impacto nos resultados da pesquisa ao longo do ano.
— Os resultados da pesquisa costumam ter variações menores, mas com a pandemia houve uma mudança neste cenário, já que tivemos dois meses (março e abril) de quedas muito grandes — afirma.
Em dezembro, as vendas do varejista caíram 6,1% na comparação com novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2019, sem ajuste sazonal, houve alta de 1,2% no mesmo mês de 2020.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 3,7% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2019, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,6% em dezembro de 2020. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 1,5% no ano de 2020, segundo o IBGE.
No acumulado do ano, quatro dos oito segmentos do varejo tiveram alta nas vendas: supermercados, alimentos, bebidas e fumo (4,8%), móveis e eletrodomésticos (10,6%), artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (8,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5%).
Quatro setores tiveram queda nas vendas: combustíveis e lubrificantes (-9,7%), tecidos, vestuário e calçados (-22,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-30,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-16,2%).