Novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), o Pix recebeu, até as 17h desta segunda-feira (5), mais de 3 milhões de cadastros de usuários em todo o Brasil. Este é o primeiro dia para que os interessados façam as chamadas chaves digitais, que são uma forma simplificada de identificação. Com elas, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência. Embora os cadastros já estejam sendo aceitos, o início do uso da tecnologia pela população começa apenas em 16 de novembro.
Conforme o BC, foram mais de 140 mil cadastros logo nas primeiras horas do dia, chegando a 1 milhão ao meio-dia e três milhões até as 17h. O movimento atípico chegou a travar sites e aplicativos de bancos entre 10h e 15h, prejudicando operações como transferências e pagamento de contas.
A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de crédito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte. Com o Pix, a operação será concluída em poucos segundos e a qualquer momento, inclusive finais de semana e feriados. Outra vantagem é que o custo de operação será zero para pessoas físicas. Até esta segunda-feira, pelo menos 644 instituições financeiras, incluindo os principais bancos brasileiros, já haviam sido homologados para trabalhar com o Pix.
Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro, vinculando a uma conta específica uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ. Cada pessoa pode cadastrar até cinco chaves, como CPF, número de telefone celular ou e-mail. As informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do Pix. Não há limite de prazo para que o usuário crie a cheve.