O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta terça-feira (1º), que o auxílio emergencial será prorrogado até o final do ano. Serão mais quatro parcelas mensais, até dezembro, no valor de R$ 300 cada.
As datas de pagamento ainda não foram anunciadas. O novo valor foi divulgado após reunião do presidente com ministros e parlamentares, durante a manhã, no Palácio da Alvorada.
— Resolvemos prorrogar, por medida provisória, até o final do ano. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do (que é pago no) Bolsa Família: R$ 300. (...) O valor como tínhamos, de R$ 600, é muito para quem paga, no caso o Brasil — disse.
O auxílio foi criado em abril, para minimizar os impactos da pandemia de coronavírus para trabalhadores informais. O benefício, inicialmente, seria pago em três parcelas de R$ 600, mas acabou sendo prorrogado.
Ao todo, cada trabalhador aprovado no programa terá recebido, ao final dos pagamentos, R$ 4,2 mil: cinco parcelas de R$ 600, e quatro parcelas de R$ 300. O valor dobra no caso de mães que são chefes de família.
Custo para o governo
O auxílio emergencial é a medida mais cara do pacote anticrise e já demanda cerca de R$ 254,3 bilhões em recursos, considerando as cinco primeiras parcelas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a extensão do auxílio por mais quatro meses deve custar cerca de R$ 90 bilhões adicionais, dentro do chamado orçamento de guerra de enfrentamento à pandemia de covid-19.
Reforma administrativa
O presidente também afirmou que enviará ao Congresso, na próxima quinta-feira (3), a proposta de reforma administrativa, que pretende reestruturar o RH do Estado. Ao lado de Paulo Guedes e de líderes partidários, Bolsonaro fez questão de ressaltar que as novas regras devem atingir apenas os futuros servidores.
— Tivemos reunião muito produtiva com os líderes e tomamos duas decisões, a primeira é encaminhar na quinta-feira a reforma administrativa, que fique bem claro não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados —disse.
No ano passado, a equipe econômica apresentou ao presidente uma proposta de reforma administrativa, mas Bolsonaro preferiu engavetá-la. Pelo que foi divulgado, a ideia era propor menores salários de entrada no serviço público e colocar "mais degraus" para a ascensão nas carreiras do funcionalismo, cuja escada hoje chegaria ao topo rápido demais.
Além disso, novos concursados devem ter mais exigências de tempo e qualidade do serviço antes de conquistarem estabilidade nos cargos.