Em meio à pandemia de coronavírus, cerca de 19 milhões de pessoas foram afastadas do trabalho em maio no país. Do total, 9,7 milhões estavam sem remuneração no período. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de trabalhadores sem remuneração corresponde a 11,5% da população ocupada à época. Os números integram a Pnad Covid-19, cujas entrevistas foram feitas por telefone pelos técnicos do IBGE.
Em maio, 27,9% da população ocupada (ou 18,3 milhões) trabalhou menos do que a jornada habitual. Com isso, o rendimento dos profissionais também caiu, para R$ 1.899. Ou seja, ficou 18,1% abaixo do habitual (R$ 2.320).
Segundo o IBGE, 38,7% dos domicílios do país receberam algum auxílio monetário do governo federal relacionado à pandemia. O valor médio foi de R$ 847.
Entre os suportes, estão o Auxílio Emergencial e a complementação do governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
O total de desempregados foi de 10,1 milhões de pessoas, e a taxa de desocupação chegou a 10,7%. A menor foi registrada no Sul (8,9%). Na região, quase 2 milhões de trabalhadores foram afastadas, correspondendo a 14,2% do total de ocupados.