O número de demissões na indústria calçadista gaúcha durante a pandemia de coronavírus aumentou de 7,6 mil para 7,7 mil. Em razão do problema sanitário, as fábricas do setor têm encontrado um cenário repleto de dificuldades para negociar seus produtos. O balanço de demissões foi atualizado nesta terça-feira (5) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), sediada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
No país, o número de cortes chegou a 28,4 mil. O Estado que mais perdeu empregos é São Paulo (9,8 mil). O segundo é o Rio Grande do Sul.
Em nota, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, afirma que o setor registrou "ampla utilização" da medida provisória 936, que permite suspensão de contratos ou redução de jornada e salários. Mesmo assim, empresas não conseguiram evitar demissões, lamenta o dirigente.
A Abicalçados também informa que 73% das indústrias do segmento já retomaram as atividades no país. Contudo, apenas 6% permanecem com produção integral. A entidade atribui a situação a fatores provocados pelo coronavírus tanto no mercado interno quanto no cenário internacional.
Segundo a Abicalçados, a produção brasileira deve cair até 29% neste ano. Em janeiro, a previsão indicava crescimento de 2,5% em 2020.