SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Lojas satélite de shopping se organizam para pleitear isenções das administradoras diante do impacto que a pandemia do novo coronavírus pode gerar nos negócios.
Atenta à queda de movimento dos últimos dias, a Ablos, associação de lojistas satélite, defende isenção do aluguel ou cobrança equivalente ao percentual de vendas, isenção no fundo de promoção (relativo à publicidade) e flexibilização do pagamento da taxa de condomínio, com novos prazos e sem multa.
"Os artigos 478, 479 e 480 do Código Civil falam da teoria da imprevisão. Temos que renegociar contratos. Os shoppings [administradoras] estão capitalizados, então agora ajudem quem capitalizou eles", diz Tito Bessa Jr., presidente da rede TNG e da Ablos.
A associação de lojistas satélite, formada por marcas com espaço inferior ao de grandes redes, reúne cem marcas, entre as quais Khelf, M.Officer, Casa do Pão de Queijo, SideWalk.
Segundo Bessa, operadores de lojas de alimentação chegaram a reportar 80% de queda na movimentação no último fim de semana. "O cenário piora a cada dia. No sábado [14] e no domingo [15], a queda foi de cerca de 50% em algumas lojas que têm contador de fluxo. Se não ajudarem, em 60, 90 dias, a quebradeira vai ser geral", disse.