A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro atingiu 41,1%, o maior nível desde 2016, e bateu recorde em 20 unidades federativas do país, informou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego também caiu em 16 unidades federativas, incluindo o Rio Grande do Sul, mas a analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), Adriana Beringuy, viu relação entre o aumento da população empregada com a alta na informalidade.
— Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade — ressaltou Adriana.
Segundo a analista, em vários Estados se observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada.
— No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, 1 milhão é na condição de trabalhador informal — apontou a analista.
São considerados informais os trabalhadores sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Segundo os dados da Pnad, a informalidade atingiu recordes em Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Já a média de desocupação teve queda em 16 unidades federativas, acompanhando o número nacional que passou de 12,3%, em 2018, para 11,9%, no ano passado. A população ocupada aumentou 2% no Brasil, totalizando 93,4 milhões de trabalhadores em 2019.