Pelo segundo pregão seguido, a bolsa brasileira atingiu uma nova máxima histórica nominal. O Ibovespa, maior índice acionário do país, subiu 1,28%, a 107.381 pontos, patamar inédito, nesta terça-feira (22).
O dólar acompanhou e recuou 1,35%, a R$ 4,0760, menor patamar desde 4 de outubro. Dentre as moedas emergentes, o real teve o melhor desempenho da sessão.
O bom humor do mercado se deve a votação, e provável aprovação, da reforma da Previdência em segundo turno no Senado, o último passo do projeto no Congresso.
O volume negociado na bolsa, inclusive, superou a média diária, com giro de R$ 18,528 bilhões.
Também contribuiu o cenário externo positivo, com uma maior probabilidade de acordo para o brexit e com a melhora na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
O mercado doméstico se anima ainda com a expectativa da Selic a 4,75% ainda este ano, reforçada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 ( IPCA-15 —, prévia da inflação oficial — fraco em outubro. Alguns analistas chegam a prever a taxa abaixo de 4% ao final do ciclo de cortes promovidos pelo Banco Central, cuja próxima decisão será na quarta-feira que vem (30).
Também há grande expectativa os balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana. Nesta quinta (24), Vale e Petrobras divulgam seus resultados.
Investidores veem com bons olhos a antecipação do calendário de liberação do FGTS e a urgência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tramitação da reforma administrativa e da PEC que antecipa medidas de corte despesas.
Somando os pregões desta segunda (21) e terça (22), a semana já é a mais positiva para a Bolsa desde agosto, quando o índice retomou o patamar dos 100 mil pontos.
Apesar do bom momento, os estrangeiros continuam saindo do mercado acionário brasileiro. Até 18 de outubro, o saldo deste mês de investimentos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 11,5 bilhões, o pior desempenho mensal desde 2008.
No acumulado de 2019, a saída de estrangeiros, considerando IPO e follow-on, é de R$ 5,4 bilhões.