Após uma sessão que durou mais de 12 horas, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara concluiu na noite de terça-feira (16) a fase de discussão da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Uma nova sessão foi aberta na manhã desta quarta (17), e havia a expectativa de que os deputados votassem o parecer do relator da PEC, Marcelo Freitas (PSL-MG). No entanto, após bate-boca e tumulto, a votação foi adiada para a próxima terça-feira (23).
A sessão teve início por volta de 10h30min e é marcada por bate-boca, interrupções e confusão. Por volta de 11h40min, o clima esquentou quando o deputado Zé Guimarães (PT-CE) pediu a suspensão dos trabalhos com argumento de que o relator da matéria, Marcelo Freitas (PSL-MG), não estava na sessão. O debate foi interrompido, e parlamentares cercaram a mesa do presidente da sessão, Felipe Francischini (PSL-PR). Pouco antes das 12h, a sessão foi suspensa.
O principal empecilho para o avanço da proposta está em divergências entre a ala governista e deputados de partidos que formam o chamado centrão, que defendem mudanças no relatório do deputado Marcelo Freitas. Parlamentares de partidos como PP e MDB entendem que há trechos do atual relatório que não tratam de reforma previdenciária, ou que são inconstitucionais.
Em comunicado aos colegas na CCJ, o relator disse que acompanhou os debates na comissão e se convenceu de que é necessário fazer mudanças no texto. Ainda nesta quarta-feira, reuniões entre líderes partidários e deputados governistas vão tratar das alterações na proposta, que será apreciado apenas na semana que vem.