O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que "tudo é negociável" nas discussões sobre o novo regime previdenciário das Forças Armadas. Ele, destacou, porém, a importância da integralidade e da paridade, afirmando que a categoria, além de ser mal remunerada se comparada a outras carreiras de Estado, também sofre com o "trauma" de uma medida provisória de 2001 (MP 2215/2001) que eliminou benefícios sem uma regra de transição.
— O pessoal mais novo, que está ativa hoje, olha (e pensa) "será que vamos perder tudo de novo"? — disse o vice-presidente em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira (27).
Ainda de acordo com Mourão, o projeto dos militares vai mexer em cinco leis, como as que estabelecem as promoções de oficiais e praças.
— Os militares vão aumentar o tempo de serviço na ativa, haverá um pagamento das pensionistas, dos cadetes, dos soldados que são engajados e não pagam, e vai haver aumento progressivo da alíquota que é descontada hoje para pensão dos militares —acrescentou.
Sobre a reforma geral da Previdência, Mourão afirmou que o governo federal precisa realizar esforços de comunicação para convencer tanto o Legislativo quanto a sociedade da necessidade do projeto. Perguntado se, em prol da reforma, o presidente Jair Bolsonaro deveria fazer nova declaração pública de que não pretende disputar uma reeleição, Mourão respondeu:
— Vamos ver como ele vai reagir.