Considerado um nomes favoritos para presidir a comissão especial sobre a reforma da Previdência na Câmara, o deputado federal Mauro Benevides (PDT-CE), afirma haver pontos que precisam ser revistos para o texto para passar na Casa. A avaliação do parlamentar se contrapõe ao otimismo do responsável pela articulação do Planalto com o Congresso, o ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, para quem o governo deve alacançar "com bastante folga" a aprovação da reforma da Previdência na Câmara.
— Há um sentimento generalizado da necessidade de termos regras um pouco mais ajustadas para a situação fiscal brasileira, tanto em nível federal quanto estadual, que sofre com as despesas, como é o caso do Rio Grande do Sul. (..) No entanto, o que foi proposto pelo presidente Bolsonaro são regras que precisam ser melhor avaliadas — pontuou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (21).
Autor da proposta de capitalização da Previdência que rivalizou com a de Paulo Guedes durante a campanha eleitoral, quando assessorou Ciro Gomes, Benevides defende um sistema que mantenha a contribuição do empresariado e do governo com tributação sobre o faturamento das empresas:
— Se não tiver contribuição patronal, a aposentadoria vai ser de miséria. Isso não passará na Câmara dos Deputados
Mais cedo, Onyx Lorenzoni afirmou à Rádio Gaúcha que o governo tem “360 deputados que poderiam votar a reforma sem nenhum viés ideológico”, alcançando o apoio mínimo de três quintos dos deputados (308 dos 513).