A Nissan e a Mitsubishi informaram nesta sexta-feira (18) que o executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente do Conselho de Administração das duas companhias, teria recebido US$ 8,9 milhões em pagamentos "impróprios" realizados por uma subsidiária que ambas mantinham na Holanda.
A Mitsubishi informou que Ghosn recebeu os supostos pagamentos entre abril e novembro do ano passado, depois de ser contratado pela Nissan-Mitsubishi BV, estabelecida em junho de 2017 em território holandês.
As companhias disseram que seus atuais diretores executivos – Hiroto Saikawa, da Nissan, e Osamu Masuko, da Mitsubishi – não foram consultados sobre os pagamentos, embora também fossem executivos da empresa holandesa, ao lado de Ghosn. A Nissan afirmou ainda crer que os pagamentos foram "resultado de má conduta" e que vai tentar reaver o dinheiro.
Ghosn foi preso no dia 19 de novembro em Tóquio e posteriormente indiciado por fraudes financeiras. O executivo nega irregularidades.
Nesta sexta-feira, uma corte em Tóquio rejeitou o pedido da defesa de Ghosn para que fosse uma estabelecida uma fiança, para que ele pudesse responder ao processo em liberdade.