Os preços monitorados devem continuar subindo acima da inflação no ano que vem, porém num ritmo menor do que o registrado neste ano e em 2017, que foi de 8%.
Neste momento, a LCA Consultores espera um aumento de 5,3% dos preços monitorados em 2019 para uma inflação de 4,1%. André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV e coordenador de Índices de Preços, espera uma inflação medida pelo IPCA em torno de 4,5% para 2019, com os preços administrados subindo entre 5% e 6%.
"Essa situação pode permanecer o ano que vem exatamente pela dificuldade do setor elétrico", diz Braz.
Ele explica que os incentivos para economia crescer em 2019 demandarão mais energia, num ano em que as previsões são de um volume menor de chuvas e ainda sem contar com os investimentos que não foram feitos no setor nos últimos anos.
O economista acrescenta outros fatores que poderão jogar mais lenha na inflação dos administrados em 2019. "Os movimentos no diesel deste ano poderão se refletir nos reajustes dos ônibus urbanos em 2019."
Passada a eleição, o economista não acha que a cotação do dólar em relação real deva voltar aos níveis anteriores. Se a previsão do economista se confirmar, a valorização do dólar poderá pressionar os custos da indústria química, que tem muitas matérias-primas importadas. "Isso poderá ter impactos no reajuste do remédio, um preço monitorado, que ocorre todos os anos em maio." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.