Diversificar a matriz econômica de Santa Maria é o desafio do maior município do centro do Estado. Os setores do comércio e dos serviços representam, juntos, por quase 80% da economia santa-mariense. Neste ano, os setores representativos, as entidades comerciais e as instituições de Ensino Superior da cidade se somaram em um movimento para fazer com que Santa Maria possa replicar a exitosa experiência do ecossistema do Sapiens Parque da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Um diagnóstico elaborado com a participação da professora Clarissa Stefani, do departamento de Engenharia do Conhecimento da UFSC, aponta que Santa Maria tem todas as condições de construir um ambiente voltado à inovação e ao empreendedorismo.
Segundo ela, “não há movimento no mundo que seja realizado por apenas um ator”. Conforme Clarissa, Santa Maria apresenta vários ambientes propícios para a inovação. Ela cita: as universidades que são polos geradores de talentos, diz.
Porém, há na cidade um desenvolvimento de espaços de inovação que impulsionam novos empreendedores. Entretanto, há necessidade de ações que fomentem uma massa crítica maior de inovadores e empreendedores.
Conforme ela, é preciso um movimento conjunto entre todos os atores: governo, entidades de representação, empresas e universidades.
Santa Maria conta com um Tecnoparque que, atualmente, tem 19 empresas. Localizado junto ao Distrito Industrial (DI), o espaço foi criado em 2013 com recursos dos governos federal, estadual e municipal com um investimento de R$ 10 milhões. O prédio de mais de 2 mil metros quadrados começou, à época, com três empresas residentes. Hoje são 19 que, juntas, somam 24 associados. São cerca de 50 pessoas empregadas e um faturamento que fica próximo dos R$ 600 mil mensais.
As duas maiores instituições de Ensino Superior da cidade, a UFSM e a Universidade Franciscana (UFN), contam com espaços próprios para estimular a geração de produtos e de processos inovadores.
Confira, abaixo, a íntegra do SM de Negócios deste domingo (2):