Com o crescimento dos indicadores de demanda – de 57,2 em julho para 60 pontos em agosto – e de intenção de investimentos – de 47,2 para 51,8 – para os próximos seis meses, a Sondagem Industrial do RS divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta segunda-feira (27), mostra o empresário do Estado mais otimista. O índice de empresas dispostas a investir no período subiu consideravelmente neste mês, mais de oito pontos na comparação com o anterior, chegando a 52,5%.
— Uma das características marcantes do industrial gaúcho é sua capacidade de reagir positivamente frente às adversidades e, mesmo diante do atual momento econômico no país, projetar novas oportunidades e aumento da produção em um futuro breve. O percentual de utilização da capacidade instalada das fábricas aumentou, e os estoques estão se ajustando — diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Outro indicador positivo para os próximos seis meses na avaliação dos empresários consultados pela pesquisa da Fiergs é o de compras de matérias-primas. Passou de 54,6 para 55,4 pontos no período, assim como a expectativa de emprego, que subiu de 49,2 para 50,3 pontos. Porém, com a proximidade dos 50 pontos, a projeção é de estabilidade. A exceção foi a menor expectativa de crescimento das exportações: alcançou 55,2 pontos em agosto, redução de 1,9 em relação ao mês anterior.
A Sondagem Industrial de julho igualmente revela crescimento da produção e estoques ajustados, mas ainda com capacidade ociosa e redução no emprego. O indicador de produção passou de 53,5 pontos em junho para 52,7 no mês passado. Acima de 50, ainda indica crescimento, porém, a queda revela que essa elevação foi menor que a de junho. Já os estoques de produtos finais aumentaram na comparação com o sexto mês do ano, mas dentro do previsto pelas empresas. O índice de evolução ficou em 51,2 pontos e o que mede o nível efetivo em relação ao planejado chegou a 50,5.
O indicador de emprego cresceu para 47,4 pontos em julho, ante 47 de junho. Entretanto, por estar abaixo dos 50 pontos, segue a mostrar que o emprego caiu no mês, mas com menor intensidade. A utilização da capacidade de instalada (UCI), que mede o nível de atividade da indústria, aumentou dois pontos percentuais e fechou julho em 69% (ou seja, a demanda não atinge ao total da capacidade de produção), mas mais distante do usual para o mês: o indicador de UCI em relação ao usual, que considera a UCI comum para o mês, foi de 42,5 pontos. Em junho, estava em 43,7 pontos, mais perto dos 50 que denotam o nível usual de UCI.
A Sondagem Industrial do RS consultou 229 empresas, sendo 56 pequenas, 82 médias e 91 grandes, entre os dias 1º e 13 de agosto. Mais informações neste link.