Se você ouviu o Chamada Geral 1ª ou 2ª Edição na última terça-feira (12), então testemunhou os apresentadores Antônio Carlos Macedo e Daniel Scola comentarem que os programas eram os primeiros transmitidos ao vivo direto da redação de GaúchaZH, e não da rádio. A novidade demarca a integração física das redações da Gaúcha e dos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho.
Na prática, isso significa que o quarto andar do prédio da RBS na Avenida Ipiranga, 1.075, agora abriga os cerca de 250 jornalistas que, antes, trabalhavam em diferentes ambientes. Não se espante se você ouvir novas vozes no ar. Todos estão aptos a produzir conteúdo que pode ser veiculado na rádio, nos dois jornais impressos e no site GaúchaZH. Para facilitar, ainda serão inaugurados na redação integrada, após a Copa do Mundo, um estúdio e duas ilhas de edição de rádio. Macedo diz que a novidade irá beneficiar os ouvintes.
— Em 2002, tirei o Chamada Geral do estúdio principal e levei para a redação da rádio. Agora, tirei da redação da rádio e levei para a redação integrada. Nossos veículos em conjunto sairão ganhando, mas principalmente a rádio. Se o Chamada Geral receber uma notícia de economia, por exemplo, poderá contar com o comentário da colunista Marta Sfredo, que sentará perto. Antes, já tínhamos a contribuição. Mas, agora, com os colegas sentando ao lado, é só encostar e pegar a opinião — comenta.
A proximidade é nítida: repórteres, produtores e editores compartilham as mesas e sentam agrupados conforme os temas (política, economia, segurança, esportes…), sem a divisão por plataforma. Trocam informações, pedem opinião e afinam como melhor distribuir a notícia. Isso ajuda a promover um ambiente de criatividade e adapta o trabalho à jornada do usuário – quando, como e de onde os leitores e ouvintes acessam conteúdos. A integração ainda assegura agilidade na apuração das informações e, portanto, na veiculação do conteúdo, destaca o gerente-executivo da Rádio Gaúcha, Daniel Scola.
— É a união de forças em torno de produtos que ficavam separados. A integração física ajuda, temos jornalistas apurando para três plataformas. Ganha-se em produção de conteúdo. Um programa feito da redação é mais informal, como é normal em rádio. Hoje, não existe mais aquela coisa de programa ser feito em um estúdio hermeticamente fechado — afirma.
Ao longo das próximas semanas, outros programas de rádio serão produzidos na redação integrada. Nos próximos meses, a expectativa é o surgimento de novidades para o site GaúchaZH, focadas em jornalismo e em esportes, projeta o gerente de Jornalismo Jornais Nilson Vargas, responsável por ZH, DG e Pioneiro:
— Os programas são mais uma etapa da integração, que começou em setembro com a criação do GaúchaZH. Teremos novas vozes e uma produção de conteúdo mais rápida, o que também se reflete no digital.
Para a diretora de Jornalismo Jornais e Rádios, Marta Gleich, o ganho maior da integração será percebido pelo público:
— Ouvintes da Gaúcha, usuários de GaúchaZH e leitores de ZH e Diário Gaúcho serão beneficiados pelo fato de termos, agora, todos os repórteres, editores, comunicadores e colunistas no mesmo ambiente. O fluxo de produção das notícias nesta redação que não para nunca, 24 horas por dia, 365 dias por ano, ficará muito mais ágil. O movimento de unir as redações não visa apenas a facilitar o nosso trabalho: o objetivo maior é, claro, entregar produtos ainda melhores a nossos públicos.