O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou nesta quinta-feira (7) que, em relação à regulamentação dos repasses de reajustes dos combustíveis, não há intervenção na política da Petrobras e não haverá.
— A formação de preço continuará livre. A ANP não interfere na indústria. Acontece que temos um monopólio de fato no refino. Em nenhum momento haverá questionamento da liberdade da Petrobras e de qualquer outra empresa. O que estamos discutindo é se há conveniência de estabelecer algo diferente — disse.
A declaração de Oddone foi feita no Rio de Janeiro, onde a ANP realizou nesta quinta-feira o leilão de quatro áreas nas bacias de Campos e Santos — Uirapuru, Dois Irmãos, Três Marias e Itaimbezinho.
Além dele, estiveram presentes o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, e a diretora de Exploração e Produção da estatal, Solange Guedes, além de executivos das empresas participantes do certame.
— A realização deste leilão neste momento que estamos vivendo é emblemática, porque veremos hoje a continuação de um processo exitoso. Já começamos a ver os primeiros movimentos de retomada da indústria. Estou seguro de que teremos resultados muito positivos hoje. Esse movimento fará do Brasil o maior polo de exploração e produção do mundo — afirmou Oddone, que prevê investimento de R$ 2,5 trilhões na indústria de óleo e gás no Brasil em 10 anos.
Ao final do leilão realizado pela ANP, a União arrecadou R$ 3,15 bilhões em bônus de assinatura na 4ª Rodada de Partilha, na qual foram oferecidas áreas de pré-sal. Ao todo, foram leiloadas três de quatro áreas: Uirapuru, Dois Irmãos e Três Marias. Não houve, porém, oferta para a área de Itaimbezinho, na Bacia de Campos. O investimento mínimo que será feito nas três áreas é de R$ 738 milhões.