Com impacto da gasolina, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou maio com alta de 0,4%. A marca corresponde quase ao dobro do avanço de abril, que havia sido de 0,22%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
Apesar do crescimento, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano ficou em 1,33%, o menor para o período desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Os dados também indicam que a inflação acumulada nos últimos 12 meses subiu para 2,86%. Mesmo assim, continua abaixo do piso da meta estipulada pelo Banco Central, de 3%.
Entre os grupos pesquisados, habitação apresentou a maior variação, de 0,83%. Nos itens desse segmento, o destaque foi a energia elétrica, que subiu 3,53%.
Segundo o levantamento, o grupo alimentação e bebidas avançou 0,32%. A greve dos caminhoneiros impulsionou os preços de alguns alimentos consumidos in natura, conforme o gerente na coordenação de índices de preços do IBGE, Fernando Gonçalves. Os destaques foram a cebola (32,36%) e a batata-inglesa (17,51%).
O IBGE acrescenta que as maiores influências individuais no índice de maio vieram do grupo de transportes, com alta de 0,40%. Os preços da gasolina avançaram 3,34%, o que gerou impacto de 0,15 ponto percentual no resultado geral do mês passado. Os valores do diesel cresceram 6,16%.
O IPCA é considerado a inflação oficial do país.