A Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta segunda-feira (04) seus dados de inflação para o consumidor em maio. O índice oficial é chamado de IPCA e o IBGE demora um pouco mais para divulgar.
Adivinhem que ganhou destaque na pesquisa? A gasolina, claro.
Individualmente, o combustível é o item de maior peso no cálculo dos índices de inflação. O aumento das últimas semanas elevou os indicadores, que consideram dezenas de produtos e serviços.
Índice de Preços ao Consumidor, o IPC-S nacional avançou para 0,41%. A principal influência foi do grupo de despesas com transportes, onde entra a gasolina. Alta média de 2,57%, ou seja, seis vezes a inflação geral do mês.
Aqui em Porto Alegre, o IPC-S até desacelerou puxado por energia e alimentos. No entanto, a gasolina liderou o ranking de pressões de alta, com elevação de 2,65%. O aumento ficou acima da média nacional e quase 17 vezes a inflação do período na Capital Gaúcha, que foi de 0,16% aqui.
A FGV não divulga os preços considerados na pesquisa. Apenas a variação. Além disso, há o impacto dos combustíveis em cascata, já que eles influenciam os valores dos outros itens.
Lembrando que o preço da gasolina não foi discutido nas negociações do Governo Federal com os grevistas. A paralisação dos caminhoneiros trouxe reivindicações sobre o preço do diesel.
O preço da gasolina na refinaria também é determinado pela Petrobras. Assim como o diesel. A estatal tem repassado altas do dólar e dos preços do petróleo no mercado internacional. A política de preços tem sido questionada, o que levou ao pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. A frequência dos ajustes tende a diminuir.