Em consequência da manifestações de caminhoneiros que bloqueiam estradas pelo aumento do preço dos combustíveis, postos da região sul do Estado já apresentam bombas secas. Os municípios que apresentam a pior situação no momento são Bagé, Rio Grande e Pelotas.
Em entrevista ao programa Gaúcha +, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua disse que em Porto Alegre e região metropolitana, o desabastecimento deve começar a ocorrer já nesta quinta-feira (24). Ele destaca que inicialmente o sindicato apoiou o movimento dos caminhoneiros, mas que agora teme pelas consequências graves que a falta de combustível pode trazer.
— A falta de combustível é uma coisa muito séria. Em dois ou três dias podemos entrar em caos social. Fomos solidários inicialmente ao movimento dos caminhoneiros, mas nesse momento, a gente começa a ficar preocupado, porque estamos falando de falta de produto em carro de bombeiro e em ambulância. Estamos falando em vida humana — destacou.
De acordo com Dal’Aqua, esta situação teve início com a política de preços estabelecida pela Petrobras em julho de 2017, que dificulta a definição do valor de venda do combustível.
— É muito preocupante a situação da revenda, desde que iniciou essa política, perdeu a revenda perdeu a referência. Você compra hoje e não sabe o preço que revende amanhã. A gente não sabe que preço pode cobrara no nosso consumidor. Nossa margem de revenda fica em 10% no máximo. Desse valor temos que tirar tudo que uma empresa precisa — constata.
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