O Rio Grande do Sul encerrou o ano de 2017 com 8,1 mil vagas formais de emprego fechadas e em terceiro lugar no país entre os Estados que mais perderam empregos. Foram 1.041.421 demissões contra 1.033.248 contratações, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A indústria puxou o desempenho negativo no Estado, com 248 mil desligamentos e 241 mil admissões, o que resultou em um saldo negativo de 6,3 mil.
Na indústria de transformação, as áreas de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico tiveram o maior número de postos fechados, com 58,9 mil. Em seguida vem a fabricação de calçados, com 43,3 mil vagas encerradas. Somente as indústrias química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria e de material elétrico e de comunicações tiveram desempenho positivo, com respectivamente 546 e 47 postos a mais.
Nos outros setores, a construção civil também fechou o ano com 3,3 mil postos de trabalho a menos, num total de 74,6 mil demissões. No comércio, apesar das 274 mil pessoas demitidas, o saldo foi positivo (5,9 mil), já que o setor teve 280 mil contratações. O setor de extrativa mineral teve 1,7 mil demissões e fechou o ano com um saldo negativo de 6,69%. Na área de serviços praticamente não houve variação. Foram 367.379 demissões contra 367.368 admissões. Na agropecuária 66,9 mil pessoas foram demitidas no ano, contra 65,4 mil contratações.
Além do Rio Grande do Sul, outros estados tiveram redução no número de empregos formais. Entre eles Rio de Janeiro, com 92 mil postos a menos, Alagoas, com 8,2 mil, Pará, com 7,4 mil e São Paulo, com 6,6 mil. Apesar do desempenho gaúcho negativo, na região sul do país o saldo foi positivo, com 33 mil novas vagas geradas no ano. O resultado foi obtido principalmente por conta dos empregos gerados em Santa Catarina. O Estado foi apontado como destaque em primeiro lugar na criação de emprego no país.
Entre os catarinenses foram geradas 29,4 mil vagas de emprego no ano. Foram 924 mil admissões contra 884 mil desligamentos. No desempenho catarinense, o saldo foi positivo na indústria da transformação (12 mil vagas) e em serviços (11 mil postos de trabalho). O Paraná gerou 12 mil vagas de emprego no ano. Indústria e serviços também tiveram saldo positivo no Estado, com 7 mil vagas criadas em cada setor.
As cidades
Entre os municípios gaúchos que mais perderam vagas de trabalho está Porto Alegre, com 9,6 mil postos a menos. A Capital teve 223,9 mil demissões no ano contra 214,3 contratações. Rio Grande, na Região Sul, vem logo depois no ranking negativo com 2,1 mil postos de trabalho fechados. Cruz Alta, no Noroeste, teve um saldo de 1,1 mil empregos perdidos em 2017. Entre as cidades que mais geraram empregos estão Gravataí, com 1,5 mil vagas a mais, São Leopoldo, com um saldo positivo de 1,1 mil e Santa Maria, com 1 mil novas vagas.
No país
O Brasil fechou 2017 com 20 mil postos a menos. Conforme o Caged, construção civil e indústria de transformação tiveram as maiores reduções, com 103 mil e 19,9 mil vagas a menos, respectivamente. No lado positivo, a geração de empregos foi liderada pelo comércio, com saldo positivo de 40 mil postos de trabalho. Houve saldo positivo na agropecuária, que abriu 37 mil postos e em serviços, com 36 mil novos postos.
Desempenho do RS:
No ano
- Demissões 1.041.421
- Admissões 1.033.248
- Saldo - 8.173
Vagas por setor
- Indústria de transformação - 6.385
- Construção civil - 3.371
- Utilidade pública - 2.028
- Agropecuária - 1.500
- Serviços - 11
- Administração pública - 421
- Extrativa mineral - 407
- Comércio 5.950