Dos R$ 51,6 milhões esperados com a alienação de três imóveis do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o Piratini conseguiu garantir apenas 2,2 milhões, nesta segunda-feira (8), com a venda de propriedade em Bento Gonçalves, na Serra. Na data, três bens do Daer foram colocados à venda na modalidade concorrência. No entanto, não apareceram interessados em relação aos dois imóveis mais caros, um avaliado em R$ 24, 1 milhões, em Santa Maria, na Região Central, e outro, também em Bento Gonçalves, com valor estimado em R$ 25,2 milhões.
Conforme a Secretaria de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (SMARH), apenas uma pessoa concorreu ao imóvel avaliado em 2,2 milhões. Com a falta de interessados na compra das outras duas propriedades, um novo processo de alienação será desenvolvido.
O titular da SMARH, Raffaele Marsiaj Quinto Di Cameli, afirma que a ausência de propostas em relação aos imóveis avaliados em mais R$ 20 milhões cada não é um revés para o Estado, pois reflete apenas a situação atual do mercado, que pode mudar mais adiante, aumentando as chances de venda. O secretário salientou que esses dois terrenos e outras propriedades deverão ser colocadas à venda nos próximos meses para remanejar investimentos em patrimônio público:
— O valor da venda dos imóveis não será utilizado para despesas correntes do Estado. Ele será utilizado para outros investimentos imobiliários. Quando esses terrenos do Estado são vendidos, eles (recursos) vão para um fundo de gestão patrimonial. Os terrenos estão sendo alienados para serem transformados em patrimônios que tenham um fim social mais justificável — disse Di Cameli.
O secretário destacou que existe um comitê gestor para avaliar a melhor destinação dos recursos que compõe o Fundo Estadual de Gestão Patrimonial (Fegep), onde fica o montante arrecadado com a venda dos imóveis públicos estaduais.
Os três bens colocados à venda nesta segunda estão dentro do pacote de 24 imóveis classificados como aptos para leilão ou concorrência no Diário Oficial, no início de dezembro. A medida é uma das alternativas do Estado para reforçar o caixa e enfrentar a crise nas finanças. Caso consiga vender todas as 24 propriedades, o governo estima arrecadar cerca de R$ 117,4 milhões. Ainda não foram definidas as datas dos próximos leilões e concorrências.
Entre os imóveis listados para negociação, o Piratini indicou 15 terrenos urbanos na Capital e no Interior, cinco deles com benfeitorias, e duas áreas rurais, uma em Caxias do Sul e outra em Santana do Livramento (veja ao lado).