O Brasil contava com 12,6 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em novembro. O índice de pessoas sem trabalho ficou em 12% de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para os trimestres encerrados em novembro desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012, embora seja a menor do ano. Em igual período de 2016, a desocupação era de 11,9%.
A renda média real do trabalhador, segundo a pesquisa, ficou em R$ 2.142. O resultado representa alta de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados apontaram ainda que o mercado de trabalho no país perdeu 857 mil vagas com carteira assinada no período de um ano.
O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 2,5%, em comparação com o mesmo período de 2016. Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 6,9%, com 718 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,8% ante o trimestre até novembro de 2016, com acréscimo de 243 mil pessoas.
O trabalho por conta própria cresceu 5% no período, com 1,1 milhão de pessoas a mais nessa condição. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 6,7%, com 141 mil ocupados a mais. O setor público gerou 142 mil vagas, aumento de 1,2% na ocupação nessa categoria. Houve aumento de 250 mil pessoas na condição do trabalhador doméstico, 4,1% de ocupados a mais nessa função.
Menor taxa do ano e maior desde 2012
Segundo a pesquisa, o índice de 12% de desempregados é o menor registrado neste ano, mas o maior no período de setembro a novembro desde 2012. Ao longo do ano, o maior índice foi registrado entre janeiro e março, com 13,7%. O trimestre de julho a setembro foi o que mais se aproximou do último, com 12,4% de pessoas desempregadas.
No comparativo com os outros anos, no entanto, o trimestre teve o pior desempenho desde 2012. A menor taxa para os meses de outubro a novembro nesses seis anos foi registrada em 2013 e 2014, com 6,5% de desempregados.