O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), afirmou nesta quinta-feira, 30, que a responsabilidade de atingir os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência é do governo, e não do PSDB. Segundo ele, o governo não pode colocar "na conta do PSDB" a dificuldade que enfrenta para analisar a matéria e duvidou que outras legendas da base aliada reúnam maioria a favor da aprovação da matéria. "O PSDB tem 46 deputados. O governo precisa de 308 nos dois turnos de votação para aprovar. Nós temos interesse na votação da reforma da Previdência, vamos dar nossa parcela de contribuição, mas obviamente não temos esses 308 votos, cabe ao governo buscar o apoio das outras bancadas para conquistar esse volume."
Tripoli participou de reunião da Executiva do partido nesta quinta para avaliar mudanças no estatuto da legenda, mas ressaltou que a reforma da Previdência não entrou na pauta. Ele disse que, caso o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marque a votação para a próxima quarta-feira, 6, a Executiva do partido deve convocar uma reunião para deliberar sobre o assunto um dia antes.
Assim como o senador Tasso Jereissati (CE), um de seus principais aliados, Tripoli disse que, se todos os partidos da base fecharem questão sobre o assunto, o PSDB também poderá fazer o mesmo. O deputado voltou a dizer que o PSDB não reabriu as negociações sobre a Previdência, pois já apresentou sugestões em março deste ano, e alguns pontos ficaram em aberto.
Eleição
O líder do PSDB na Câmara não descartou a possibilidade de haver prévias dentro do partido para a eleição de 2018, mas considera que há "quase consenso" sobre o nome do governador Geraldo Alckmin (SP). "Existem pretensões de outros parlamentares e membros do partido pela presidência. Até a convenção, no dia 9, temos tempo para que quem quiser se inscrever, se inscreva. Se tivermos um único candidato, é provável que na própria convenção ele já apresente sua candidatura para presidência da República".