O desemprego apresentou estabilidade entre maio e junho na Região Metropolitana da capital gaúcha. No período, a taxa de desocupação passou de 11,1% para 11%, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA). O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (26) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Com o resultado, o contingente de desempregados atingiu 195 mil pessoas. Conforme a pesquisa, o número corresponde a um decréscimo de 5 mil em junho na comparação com maio. A baixa, segundo a pesquisa, ocorreu porque a saída de pessoas da força de trabalho (menos 31 mil ou -1,7%) foi superior à redução do nível de ocupação (menos 26 mil ou -1,6%). Ou seja, menos gaúchos passaram a buscar emprego no mês passado.
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Entre os setores da atividade econômica, a maior queda em termos percentuais, de 9%, foi registrada na construção, com menos 11 mil ocupados. As demais reduções ocorreram em comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com recuo de 2,7% (menos 9 mil ocupados), e serviços, com baixa de 1% (menos 9 mil ocupados). No sentido oposto, a indústria de transformação teve alta de 2,1% (mais 5 mil ocupados).
A pesquisa ainda mostrou que, de abril para maio, o rendimento médio real aumentou para o total de ocupados (4,4%) e os assalariados (6,1%), mas diminuiu para os trabalhadores autônomos (-1,1%).
Comportamento em 12 meses
A taxa de desemprego na Região Metropolitana da capital gaúcha, que chegou a 11% em junho, estava em 10,3% em igual período do ano passado. Na comparação anual, o contingente de trabalhadores afastados de suas ocupações ficou relativamente estável (menos mil empregados ou baixa de 0,5%).
Segundo a pesquisa, o resultado foi registrado por conta de a saída de pessoas do mercado de trabalho (menos 134 mil ou -7%) ter praticamente compensado a redução do contingente de ocupados (menos 133 mil ou -7,8%).
Em relação aos setores, houve baixas nos serviços (menos 116 mil ocupados ou -11,8%), na indústria de transformação (menos 19 mil ocupados ou -7,1%) e na construção (menos 12 mil ocupados ou -9,8%). No sentido contrário, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 2,56% (mais 8 mil ocupados).