O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta segunda-feira (17) que, nos próximos dois anos, o Brasil tem capacidade de gerar 2 milhões de postos de trabalho com a reforma trabalhista. Segundo ele, com base em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), este salto se daria em modalidades específicas previstas na reforma.
– São o contrato por jornada parcial, o contrato de trabalho intermitente e o contrato por produtividade. Estes são os novos contratos que surgiram com a reforma – afirmou. – Juntos, poderão gerar 2 milhões de empregos em dois anos.
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Segundo ele, existem hoje no país 38,6 milhões de empregos formais. Daqui a dois anos, o montante chegará aos 40 milhões.
– E quem dizia que o trabalhador ia perder direito (com a reforma) vai ter de se explicar daqui para frente – afirmou. – A segurança jurídica é fundamental. Logo, o mercado dará sinais de confiança.
Reforma ministerial
Questionado durante a coletiva sobre possível reforma ministerial, em função da luta do governo para enterrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, Nogueira, que é do PTB, saiu pela tangente.
– Sou ministro do Trabalho. Quem defende o conjunto de apoios do governo é o presidente – disse Nogueira.
A respeito da medida provisória que pode regulamentar pontos da reforma trabalhista, Nogueira afirmou que a expectativa é de que ela seja editada logo após o recesso parlamentar. Ele ressaltou, porém, que o fim do imposto sindical obrigatório é definitivo.
– O imposto sindical não existe mais, ele é facultativo. A Câmara não será afrontada neste sentido – concluiu.