Após quatro semanas de relativa estabilidade, economistas e instituições financeiras consultados pelo relatório Focus reduziram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2017 de 0,5% para 0,41%. Os números foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira.
A estimativa de avanço de 0,41% da atividade econômica do Brasil é a segunda mais baixa já registrada em 2017, e iguala a projeção feita pelo mercado financeiro na primeira semana de abril. O cenário mais negativo foi projetado na segunda semana de abril, quando a expansão do PIB era prevista em 0,4%.
Nesta semana, o mercado também reduziu o otimismo em relação a 2018, cortando a previsão de avanço do PIB de 2,4% para 2,3%. Há quatro semanas, a atividade econômica do país era projetada com crescimento de 2,5%.
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As projeções para a inflação também foram alteradas pelo relatório Focus. Agora, o mercado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 3,71% ao final de 2017 contra 3,9% da estimativa anterior.
Para 2018, a expectativa é de que a inflação suba 4,37%. Há uma semana, o mercado esperava que o IPCA tivesse avanço de 4,4%.
Câmbio
As previsões de economistas e instituições financeiras para a cotação do dólar permaneceram iguais em relação à semana anterior. O mercado estima que a moeda norte-americana encerre 2017 cotada a R$ 3,30. Já para o final do próximo ano, o dólar é previsto com cotação de R$ 3,40.
Taxa de juro
As previsões para a taxa básica de juro também não foram alteradas pelo relatório Focus desta semana. Pela nona semana seguida, o mercado aposta em redução da Selic a 8,5% ao ano (a.a.). Atualmente, a taxa está em 10,25% a.a.
Para 2018, a previsão para a taxa foi mantida pela décima segunda semana consecutiva em 8,5% a.a.