Em nova greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência, manifestantes protestam em diversas capitais do país nesta sexta-feira (30). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, há manifestações nas ruas, mas linhas de metrô e ônibus estão operando normalmente. Confira as manifestações pelo país:
São Paulo
Na capital paulista, ônibus e metrô funcionaram normalmente, pois os rodoviários e metroviários não aderiram à greve. No começo da manhã, manifestantes bloquearam parcialmente vias da cidade, como Avenida Washington Luís, além de pontos de rodovias próximos à entrada da capital paulista. De acordo com a prefeitura, o trânsito fluiu normalmente.
Por volta das 7h, manifestantes ocuparam o saguão do Aeroporto de Congonhas e promoveram um ato de protesto. Apesar dos manifestações, os voos não foram afetados, conforme a Infraero.
Segundo o site G1, a Polícia Militar (PM) deteve um grupo de pessoas que usavam coletes balísticos e portando facas. Os detidos foram encaminhados para o 4º Distrito Policial, na Consolação. Alguns manifestantes quebraram vidros da fachada da Universidade Mackenzie. Faixas foram estendidas em frente ao prédio da Prefeitura. A PM utilizou bombas de efeito moral para a dispersão. Um pato inflável foi incendiado no entorno da sede da Fiesp. O objeto foi símbolo da entidade durante atos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) no ano passado.
Rio de Janeiro
Durante a manhã no Rio de Janeiro, as estações de metrô, barcas, trens urbanos, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e ônibus funcionam normalmente. O mesmo ocorre nos aeroportos Santos Dumont, na região central da cidade, e no Aeroporto Internacional do Rio/Galeão, na Ilha do Governador. As agências bancárias da Caixa Econômica e do Banco do Brasil permaneceram fechadas. Os caixas eletrônicos funcionaram.
Manifestantes bloquearam vias e rodovias. A cidade estava em estágio de atenção, desde as 6h20min, em função dos bloqueios e da retenção no trânsito.
Cerca de duas mil pessoas se reuniram na noite desta sexta-feira próximo à Igreja da Candelária, no centro do Rio, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Os manifestantes também pediram a saída do presidente Michel Temer e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. O ato interrompeu o fluxo de veículos na Avenida Rio Branco e em parte da Avenida Presidente Vargas, duas das principais vias do centro do Rio. O VLT também teve sua circulação suspensa.
Por vota das 20h, o ato em frente à Candelária terminou em confusão entre a Polícia Militar (PM) e parte dos manifestantes. Focos de incêndio foram registrados na região. A PM utilizou bombas de gás para dispersar o tumulto.
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Belo Horizonte
Na capital mineira, manifestantes bloquearam vias e o metrô não está em funcionamento. Segundo o G1, o sindicato dos metroviários indicou que o metrô ficará parado até o final da manhã sem escala mínima, apesar de a Justiça ter determinado a operação de todos os trens nos períodos de pico. A multa para o descumprimento da decisão foi fixada em R$ 250 mil.
Mais cedo, manifestantes colocaram fogo em pneus na Avenida Cristiano Machado e na Avenida Padre Pedro Pinto, em Belo Horizonte. As duas vias já foram liberadas.
Os ônibus circularam normalmente em Belo Horizonte.
Brasília
Os ônibus e trens do metrô não funcionaram em Brasília nesta sexta-feira (30). A Justiça Federal determinou que, no mínimo, 30% da frota dos dois meios de transporte seja mantida em circulação. Caso a medida não fosse cumprida, seria aplicada multa de R$ 2 milhões para cada sindicato.
As agências bancárias também permaneceram fechadas e só terminais de autoatendimento funcionaram.
A Esplanada dos Ministérios ficou fechada para circulação de veículos. A interdição começava na Rodoviária do Plano Piloto, sentido Palácio do Planalto. Policiais militares montaram cordões de revista nos acessos de pedestres à área para impedir a entrada de manifestantes com paus, pedras, barras de ferro ou qualquer material que possa ser usado como arma.
Além de 2.600 policiais militares na área central da cidade, 400 homens da Força Nacional fizeram a segurança patrimonial dos ministérios. Na greve geral de 28 de abril, vários prédios foram alvo de vandalismo.
Recife
Bancos, escolas e parte do comércio ficaram fechados em Recife. O sistema de transporte público (ônibus e metrô) funcionou, mas com a frota reduzida. Na capital pernambucana, manifestantes realizaram caminhada pelo centro.